quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Último dia
A
gente nunca sabe qual vai ser nosso último dia até ele chegar.
É
estranho pensar assim em como vai ser nosso último dia, a gente trabalha, sai,
dorme, vai no médico quando precisa, mas a gente nunca sabe quando alguma coisa
pode acontecer e mudar toda a nossa vida ou simplesmente quando determina nosso
último dia aqui.
Para
mim, o ano de 2014 começou perto da minha família, costumamos sempre a nos
reunir para passar juntos esses momentos importantes.
Eu
estava de férias coletivas do trabalho e viajamos para outra cidade com muitos
familiares para a passagem do ano. Foi muito bom, muita comida, muitas risadas,
muitas lembranças. E de repente com um sorriso, veio uma preocupação.
Após
o primeiro dia do ano, comecei a sentir uma dor, que parecia ser um leve
desconforto, tomei alguns remédios achando que não era nada de mal e ia passar.
Depois disso, me despedi dos meus familiares, cada um seguindo seu rumo, e fui
para o meu apartamento para aproveitar os últimos dias de férias do trabalho
com outra companhia.
A
dor que parecia leve começou a aumentar, e depois de várias idas ao hospital,
comecei a me sentir perdida, sem saber o que fazer, afinal como eu ia voltar a
trabalhar daquele jeito? Estava na hora de eu tomar atitude, foi a outro
hospital e aí o meu problema começou realmente a aparecer.
E
o tempo que estava demorando e custando a passar começou a acelerar em uma
velocidade que só de lembrar fica difícil de acompanhar.
Nunca
fui atendida tão rápido, em um minuto sai do táxi, em outro estava já sendo
examinada, no outro estava sendo medicada, no outro estava fazendo exames mais
específicos e em outro já estava com uma roupa para a cirurgia e no outro... o
último que eu me lembro com clareza estava me despedindo das pessoas que
estavam comigo no momento. E depois disso tudo apagou. Aquele momento podia ser
meu último.
Quando
acordei me informaram que eu estava na UTI, me fizeram algumas perguntas, eu
estava confusa, com medo e sem ter ideia do que havia acontecido comigo. Cheia
de aparelhos, com dores e sem conseguir me mexer direito. Acordei dias depois do
que eu me lembrava.
Fui
uma exceção em um problema que não costuma dar em jovens. Um problema grave de
saúde. Os médicos disseram que eles quase me perderam, que foi muito difícil.
Eu quase morri e nem sabia que podia acontecer isso, era só uma dor, mas foi
muito mais sério do que qualquer um podia imaginar.
Após
eu recuperar meus sentidos e entender a gravidade da situação me informaram que
após a cirurgia eu precisei ser encaminhada para UTI onde fiquei em coma
induzido por alguns dias.
O
caso foi sério e durante todo esse ano estou em processo de recuperação, fiz
algumas cirurgias, tratamentos e agora estou bem, tudo graças a Deus que me
devolveu a vida. Ele nos deu a vida, Ele nos tira. E Ele me devolveu a vida, me
concedeu uma nova chance.
Foi
difícil, mas eu sobrevivi. Hoje não me vejo apenas como aquela garota do início
do ano, e sim como uma sobrevivente, tenho marcas que me lembram todos os dias
que ainda estou aqui.
E
isso me fez perceber que a gente nunca sabe quando vai ser nosso último dia,
não temos nem ideia, e não tem como se preparar para isso, ele pode acontecer a
qualquer hora.
O
que você faria se soubesse que iria ser seu último dia? Eu não sei o que faria,
mas passar os últimos dias com a minha família e do lado das pessoas que amo me
pareceu ser uma boa maneira de se despedir.
Esse
ano eu só tenho a agradecer a Deus pela vida, tem tantas coisas que ainda quero
fazer e fico adiando, que está na hora das ideias saírem do papel e eu fazer
acontecer, já que agora estou bem.
Então
pare de reclamar, de dar desculpas e de adiar seus planos.
O
ano está quase chegando ao fim e você o que está fazendo para mudar?
Chega
de clichês achando que só por mudar o ano tudo vai melhorar.
Quem
tem que melhorar é você, não pense no último dia do ano porque isso acontece
todo ano, mas pense no seu último dia, isso você não sabe quando vai ser.
Então
para de criar expectativas em falsas promessas e faça acontecer, faça seus
planos saírem do papel.
Procure
sempre estar rodeado de pessoas que te amam e que te façam bem.
E
agradeça todos os dias de vida.
domingo, 28 de dezembro de 2014
sábado, 27 de dezembro de 2014
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Relacionamentos: Prazer ou negócios?
Até
onde vai o amor? E quando ele se transforma em uma oportunidade? Ou sempre foi?
Muitas
pessoas hoje estão em relações cômodas, aceitáveis, onde buscam seus interesses
e compatibilidades e por isso transformam a relação em um negócio de sucesso.
Mas
é isso mesmo? As relações de hoje são baseadas em interesses ou amor?
Comecei
a pensar nas relações que vivi, nas relações que conheço, nas que eu vejo. E
não sei se me inspiro ou começo a me preocupar.
Por
que as pessoas se acomodam com uma felicidade ilusória, pela metade, o fato de
se sentir bem apenas basta? O amor é apenas um estado de humor do dia?
Até
onde vale a pena aguentar uma relação baseada em negócios?
O
amor passou da moda e agora a tendência são relações de negócios?
Um
exemplo, sem citar fontes, uma relação com diferentes pesos e medidas:
A
garota tem seu próprio apartamento, sua rotina, seu trabalho. E o garoto teve
suas complicações na vida, rompimentos ruins e uma relação conturbada com seus
pais, ambos se gostam, possuem química e buscam estabilidade em uma relação.
A
garota gosta demais, e o garoto diz também gostar. Ambos acreditam que é amor
(ou querem acreditar?). O garoto quer se mudar, diz que vai para onde ela vai,
e começa a trabalhar na cidade que ela quiser, mas quando as coisas ficam
difíceis ele sempre foge, para a casa dos pais ou para qualquer lugar.
O
garoto que ir depressa e já quer casar, afinal a garota já tem casa pronta e
ele tem tudo para recomeçar. Mas a garota quer ir com calma, há muitas
responsabilidades e detalhes para acertar, e pra ser sincera, a garota ainda
não tem total segurança nos objetivos e promessas do garoto, cada hora ele quer
ir para outro lugar! (se é amor vale a pena esperar?). O garoto não quer
esperar, a garota sim, chegaram a um impasse, e o garoto diz que se não for
prosseguir é melhor terminar, que ele vai encontrar alguém que queira os meus
objetivos que ele (ou que aceite as exigências dele?).
Com
o tempo, a realidade veio tomando seu formato, a garota percebeu que apenas era
uma opção, a mais viável para os objetivos dele, mesmo com química, sentimentos
e a história dos dois, a relação não era uma troca justa, não era baseada no
amor, e sim em negócios e oportunidades, o que era conveniente no momento. Ele
queria uma oportunidade para recomeçar a vida dele e ela queria apenas o amor.
Resultado:
Ele vive em busca de oportunidades (relações afetivas que ofereçam o que ele
quer), quer encontrar alguém, podendo ser qualquer pessoa disposta a se casar,
fazendo com ele tenha seu próprio lugar. Ela ainda sofre por ele, mas está
segura de suas escolhas e enxerga agora que não era amor e sim negócios para
ele. Ele quer ainda manter contato com ela, mas ela não, ela não aceita mais
ser considerada uma opção e ainda acredita que a relação pode sim se basear em
amor.
Não
sei no que você acredita ou o que espera, por isso antes de entrar em uma
relação veja se a base é a mesma que procura. Não aceite menos do que merece
receber.
Já
eu? Acredito em sentimentos verdadeiros, em pessoas verdadeiras e que ainda
existe exceção nessa realidade nos relacionamentos de hoje.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Nós e os Ex’s
Por
que esquecer alguém é tão fácil na teoria, mas tão difícil na prática?
Existem
várias teorias para superar o relacionamento, como: partir para outra, sofrer e
chorar o quanto for necessário, apagar as evidências, bloquear qualquer
contato, transformar o relacionamento na amizade, brigar e discutir com a
pessoa para se sentir melhor, pensar nas coisas negativas, sofrer todas as fases
do luto (negação, raiva, negociação, depressão e aceitação), ou nenhuma das
alternativas?
Existe
então alguma fórmula mágica? Ou essas alternativas funcionam de fato?
Cada
um tem o seu ritual para esquecer o ex, utilizando uma alternativa ou mais ao
mesmo tempo, mas e quando não funciona? Pois, existem pessoas mais difíceis de
esquecer, sentimentos mais intensos, rompimentos mais drásticos... o que fazer
então?
Cada
relacionamento é complexo a sua maneira. No meu último, entre idas e vindas
durante alguns anos e vários momentos que foram importantes e crucias na vida
de cada um, cada término não parecia significar um adeus, até esse último que foi
necessário para enfim chegar ao ponto final.
Quando
terminamos reagimos de formas diferentes, para ele uma explosão, para mim uma
calmaria. O problema disso é que a explosão acaba e depois da calmaria sempre
vem a tempestade...
Para
ele, as alternativas para seguir em frente foram: algumas fases do luto como
raiva e negociação, e outras como brigar, partir para outra, apagar as
evidências e tentar ser amigo (a justificativa de ser amigo é válida para
quando um relacionamento tem muita história, muito sentimento e muita dor?).
Resumindo,
um dia antes de eu operar ele me ligou (depois de tempos sem notícias), dizendo
que queria me ver, que estava arrependido e me amava. “Qual é né, ele sabia que
eu ia operar e me ligou justo um dia antes, depois de tudo que passei, ele
queria se mostrar solidário ou confundir minha cabeça, por que não foi
solidário antes?”. Para mim foi difícil ouvir
a voz dele, eu não estava em um ambiente agradável, eu estava vulnerável e com
medo da cirurgia. Não foi justo.
Bom
depois que ele ligou, não sei se foi por causa do medo da cirurgia ou por
existir sentimentos guardados, eu concedi o benefício da dúvida para saber as
reais intenções dele. E resultado: nada. Ele deixou claro que havia se
arrependido, mas me colocou a culpa por muitas vezes não querer ver ele para
falarmos sobre reconciliação, que ele agora era um cara vazio e frio por minha
causa, depois quando eu questionei que ele já havia partido para outra e do
porque disso tudo, porque falar comigo agora, ele me explicou que teve outras
pessoas, mas não relacionamentos porque eu não queria mais ele, mas que não
tinha nada a ver com conexão espiritual e era só físico, aff!
Quando
se é solteiro ou acaba de sair de um relacionamento e quer esquecer o ex ok
usar essa explicação. Mas quando você diz que ainda ama e que tem esperança de
voltar isso é muito contraditório. Afinal ele tinha encontrado alternativas
para esquecer e não funcionou ou ele ainda tem expectativas?
Para
mim o início do término foi diferente, eu enxerguei que a relação estava
trazendo o pior de cada um, por isso quando terminou me senti mais leve, claro
que chorei e sofri bastante, ele é uma parte significativa da minha vida.
Depois
dessa fase começou o mix de alternativas, apagar as evidências para não sofrer
pensando no que eu não teria mais, bloquear no início para evitar a tentação de
falar com ele, e é claro as fases do luto: negação, raiva, negociação,
depressão, em ordens aleatórias e repetidas, e a aceitação estou trabalhando
nisso. Eu não parti para a outra como ele, surgiram oportunidades e eu até
tentei partir, mas não estava pronta ou simplesmente não queria.
Depois
dessa última conversa com ele, ficaram claros que os motivos que levaram ao
término ainda faziam sentido e nós dois estávamos diferentes, nós mudamos com o
tempo, cada um seguiu um caminho que achou necessário para superar a relação,
mesmo ainda não tendo superado de vez. Foi a decisão certa.
Mas
por que ainda é tão difícil nos desligarmos de vez? Não tenho a resposta certa
e nem a fórmula mágica.
Ainda
utilizo algumas alternativas para ajudar a seguir adiante, assim como ele, mas
em caminhos separados, e agora mais firme nas minhas escolhas e ações.
Acredito
que, mesmo que o caminho pareça longo, o mais certo a fazer, é enxergar os
motivos que fizeram a relação acabar, nas pessoas que vocês eram e nas pessoas
que se tornaram depois do término. Que mostraram quem realmente são, todos os seus lados, bons e ruins. E mais nos sentimentos e ações que revelaram para
você e para a pessoa o que realmente cada um quer e precisa.
E depois de tudo isso, não vou dizer que fica mais fácil, porque sofrer faz parte do processo muitas vezes, mas depois de tudo fica mais claro você aceitar que é preciso seguir adiante e começar a praticar alternativas que te ajudem, leve o tempo que for.
Não
é uma fórmula mágica, mas é uma boa teoria.
E depois de tudo isso, não vou dizer que fica mais fácil, porque sofrer faz parte do processo muitas vezes, mas depois de tudo fica mais claro você aceitar que é preciso seguir adiante e começar a praticar alternativas que te ajudem, leve o tempo que for.
domingo, 21 de dezembro de 2014
sábado, 20 de dezembro de 2014
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Que idade você tem?
Quando
a gente é mais novo fazemos questão de contar a todos e mostrar nos dedos nossa
idade, quando estamos jovens nos orgulhamos de mostrar especialmente para
comprar bebidas e entrar em locais que antes não podíamos ir. Mas na medida em
que ficamos mais velhos disfarçamos ou evitamos a pergunta. Mas por quê? Não é
uma comemoração cada ano que completamos? É motivo de vergonha ou orgulho nossa
idade?
Pensando
nesse assunto comecei a lembrar de todos que conheço, crianças, adolescentes,
jovens, adultos e adultos há mais tempo...
Existem
muitos adolescentes hoje querendo ser mais velhos, e muitos adultos querendo
voltar a juventude. É uma contradição ou isso tem total sentido?
Com
o tempo amadurecemos, é claro, é comum nos sentirmos mais saudosos, principalmente saudades da
época onde não tínhamos muitas preocupações e responsabilidades. Mas você
gostaria de voltar? Não estou falando do fato de hoje podendo olhar para trás
podermos corrigir nossos erros ou viver tudo de novo, isso não, mas voltar sem saber
de nada, fazendo exatamente tudo que fizemos. Você gostaria?
É
claro que por um lado é uma tentação, mas olhando para o hoje, tantas coisas
aconteceram, eu, por exemplo, já tenho minha graduação, sou mais independente,
tenho meu apartamento, amigos, família. E isso tudo é muito bom. É claro que
sinto saudade da época em que eu não tinha tantas preocupações e
responsabilidades. Mas cada fase da vida temos que aproveitar e viver
intensamente, sem olhar para trás e sem ficar querendo saber o futuro.
Pensando
em idades, saí essa semana com a minha tia, eu com a idade jovem podemos dizer
assim e solteira, e ela mais adulta e viúva. Fomos a um barzinho com música ao vivo. A
banda tocou muitos sucessos antigos.
Essa
minha tia é um exemplo de que a idade não importa, que nós fazemos a nossa
idade, claro que sempre com responsabilidade. Mas ela é topa tudo e uma
companhia ideal para bons e maus momentos. Ela sempre procura fazer o seu
melhor e viver (de verdade e não do modo apenas existir) cada dia.
Com
o passar da noite, comecei a calcular nossas idades. Eu no início parecia estar
mais velha, pois estava mais observando o lugar, não estava completamente
entregue ao momento, estava preocupada com muito barulho. E ela parecia uma
adolescente, estava super feliz, cantando os sucessos, rindo e se divertindo.
E
isto me fez perceber que a nossa idade não diz quem nós somos, muitas vezes é
apenas um detalhe. E temos que aproveitar todas as oportunidades e momentos,
sem ficar pensando no passado e começarmos a viver de verdade, e não só
existir.
A
partir desse momento comecei a levar mais a sério esse pensamento. E mudou
minha noite.
Comecei
a relaxar e aproveitar tudo, o som, a comida, a companhia, as músicas. E no
final da noite estávamos as duas lá cantando, se divertindo. Foi uma noite
incrível. E comecei a enxergar com outros olhos o futuro e parei de ficar tão
conectada ao meu passado. Foi só uma questão de se entregar e viver cada dia.
Resultado:
ficamos até a banda ir embora e nem vimos o tempo passar.
Por
isso, a idade não é motivo para nos preocuparmos.
Nossa idade não nos define, nós que a definimos.
Então
pensando nisso, quantos anos você tem hoje?
Nossa idade não nos define, nós que a definimos.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
domingo, 14 de dezembro de 2014
Frases clichês
Quem
nunca ouviu ou nunca disse uma frase clichê na vida?
Parei
para pensar nelas e se realmente fazem sentido, e por que dizemos se nem
acreditamos nelas por completo?
Para
começar algumas comuns em relacionamentos, términos, ou espera de um grande
emprego:
“Se
for para dar certo vai dar, se for para ser seu vai ser” (ok).
Claro
que em tudo na vida as coisas acontecem no tempo certo, mas você também não
pode ficar esperando que tudo caia de mão beijada, você precisa se
movimentar, fazer o seu melhor, demonstrar o que realmente quer e lutar por
isso muitas vezes.
“Deixe
todas as coisas que tem livres, se voltaram é porque realmente pertenceram a
você” (e mais bla bla, que eu nem lembro direito a frase completa).
Você
deixa o seu cachorrinho livre se ele nem sabe voltar para casa? Na boa, é legal
pensar que as coisas ou pessoas voltam para você um dia, mas você vai ficar
esperando até quando isso acontecer? Se você quer, corre atrás, não deixa ir
embora, nem todos encontram o caminho de volta, às vezes é preciso guiar.
“Se
você não aproveitar essa oportunidade, outra pessoa vai aproveitar por você”
(ok, é a vida, o que pode ser velho pra você pode ser novo para alguém, se você
não comprou outra pessoa vai comprar, se não foi outra pessoa vai, me fala
agora a novidade dessa frase tão óbvia?).
Pare
de pensar com arrependimento nessa frase, pensando no que poderia ter sido, mas
pense diferente, vai que aquela realmente não era a sua oportunidade e sim de
outra pessoa, vai que se livrou de uma e vai surgir algo muito melhor,
também faz sentido se enxergar por esse lado.
“Quando
uma porta se fecha outra se abre” (sério mesmo? Quando eu fecho a porta de casa
não tem uma porta secreta que dá para outro caminho).
Às
vezes nós simplesmente queremos fechar a porta e não queremos que outra se
abra, queremos parar um tempo, respirar, para depois buscar novos caminhos.
Por
que escutamos e buscamos seguir estas frases? Para nos sentir melhor em relação
as nossas escolhas, nossa real situação, nossa realidade?
Ou
melhor, por que ainda dizemos e repassamos esses clichês para outras pessoas? É
uma forma de evitar dizer a realidade, tentar não magoar, tentar encerrar a
conversa, estarmos cansados de dar conselhos ou por que é mais fácil uma frase
pronta?
Tá
na hora, não, já passou da hora, isso sim, de nos enganarmos e enganarmos aos
outros e começarmos a dar nossa real opinião sem precisar de clichês e
enfrentarmos a realidade que está bem debaixo dos nossos olhos.
Até
mesmo porque a última bolacha do pacote sempre vem quebrada e isso não faz dela
a melhor.
sábado, 13 de dezembro de 2014
Dica: Filmes são filmes!
Filmes
são ótimos, muitos são grandes lições de vida, alguns até retratam casos reais,
mas acredite filmes são filmes.
Nunca
assista filmes, aqueles do tipo super dramáticos, com reviravoltas
surpreendentes, amores impossíveis e grandes superações, quando você estiver
com o coração partido, questões inacabadas ou problemas para se arriscar.
Claro
que é importante sempre resolver as questões inacabadas, levar o tempo que for
e fazer o necessário para juntar os pedaços de um coração partido e fazer a
escolha certa, mas é preciso ter consciência, sobriedade e enxergar a realidade
antes de qualquer ação.
Não
leve a mal, o filme pode motivar, o que pode ser positivo. Mas muitas vezes
pode ser a receita para um desastre.
Filme
super dramático + um coração partido ou questões inacabadas + 2
horas depois = desastre
Falo
isso, pela minha última experiência, assisti um filme muito bonito, dramático e
bla bla bla, chamado “”Se eu ficar” (antes de tudo, recomendo, se quiser se
emocionar). O filme mostra muitos assuntos inacabados, corações apaixonados e
partidos, o que me fez confundir com a minha história e pensar, “nossa, isso é
tão eu, parece que tá falando comigo” (cuidado essas palavras podem ser o
início da sua ruína).
Ao
final do filme, me senti incrivelmente inspirada a resolver meus assuntos
inacabados, afinal amanhã pode ser tarde demais. Porém, o grande problema disso é você pode estar inspirado, mas e a pessoa que vai te ouvir? E mais outro
problema: a inspiração vem do filme, ou você tem já uma solução?
Cuidado,
não dê um passo em falso!
Resultado:
fui falar com meu ex e resolver algumas questões, mas o problema era que eu não
tinha mudado, ele também não, e como eu ia resolver se não tinha nem a pergunta
e resposta inicial do problema? Eu falei, ele falou, e eu não pude dar a
resposta que ele queria, ele não pôde dar a resposta que eu queria, os rumos já
tinham sido tomados, mesmo tendo reviravoltas, momentos dramáticos em minha
história similares ao filme, aquela inspiração de resolver o problema de
corações apaixonados e partidos, de acabar por vez com os assuntos inacabados
era só um momento causado pela febre do filme.
Digo
febre, porque é algo que queima, é intenso, você pensa e acredita que aquele é
o momento.
Mas
depois que a febre passa, aquele estado dolorido do corpo passa também.
Alguns
assuntos podem parecer inacabados por não terem solução, mas às vezes, é isso,
a solução é essa, esperar passar e seguir em frente. Não existe receita para
tudo.
Digo
mais uma vez, que se você tiver assuntos inacabados, seja sobre a vida,
coração, mudança, perda, arrependimento, qualquer que seja e puder resolver,
resolva, pois é fato que amanhã pode ser tarde demais, mas tenha convicção do
que vai dizer, é importante suas palavras estarem em sintonia com seus
sentimentos e ações, contudo esteja também disposto a escutar e aceitar a realidade
Não
espere que um filme mude a sua vida, claro que toda regra tem sua exceção.
Mas
não viva através dos filmes, crie sua própria história.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Conto, ficção ou realidade?
E era uma vez...
Por que as histórias sempre começam assim, o antes não conta, a vida só começa a partir do era uma vez?
Pode ser o desejo de mudança, uma cidade, um coração partido ou um novo desafio, mas sempre que buscamos mudar o rumo ou esperar que algo grandioso aconteça começamos com era uma vez?
E o que houve antes, nossa bagagem, nossos erros, frustrações, o que quebrou o nosso coração não conta?
Fácil falar, agir como se estivesse em um novo capítulo, mas histórias são reais, pura ficção ou sonhamos contos só para nos ajudarem a dormir?
O que nos define são nossas escolhas, nosso passado, nossas consequências, ou o que fazemos depois de visualizarmos nosso era uma vez...?
Só de pensar em tantas definições nós na cabeça surgem.
Não fiz tantas boas escolhas, errei, acertei, errei de novo, não sei você mas o meu passado me condena muitas vezes, cada dia que poderia ter sido diferente, cada noite, ah se eu tivesse coragem, ah se eu tivesse juízo, ah se eu soubesse do desastre. As escolhas e as consequências ficam, marcam, algumas até como cicatrizes.
É comum ver pessoas falando ah se eu soubesse que aconteceria isso, ou que não daria em nada, eu não teria perdido meu tempo se tivesse a sabedoria de agora, sério? Sério mesmo? Já pensei muitas vezes nisso, e sem esse clichê que através dos erros que aprendemos, muitas vezes insistimos nos erros, somos dependentes de muitos deles, quantas fichas apostou até acertar?
Por isso sem essa de dizer que agora é diferente, sempre acontece algo que nos puxa, não é? É uma doce ilusão acreditarmos no era uma vez, visando um futuro perfeito e brilhante.
Conto, ficção ou realidade, tanto faz, mas a vida tá passando enquanto sonhamos com algo que poderíamos ter sido, nos erros que cometemos, nas frases nunca ditas, chega.
Coragem, é preciso encarar quem nós somos, contando o antes, o agora e o depois, sem censura, sem cortes, um dia de cada vez. Faça uma escolha, pense diferente e tente manter o rumo por mais tempo possível...
Coragem, é preciso encarar quem nós somos, contando o antes, o agora e o depois, sem censura, sem cortes, um dia de cada vez. Faça uma escolha, pense diferente e tente manter o rumo por mais tempo possível...
É claro que ainda vão surgir arrependimentos, caminhos errados, pessoas erradas, corações partidos, mas também pode ser que tudo dê certo, pode ser que você consiga viajar pelo mundo, um emprego desafiador, um sonho realizado, um novo amor, só precisa acontecer uma vez, só é preciso um primeiro passo, fecha os olhos e vai.
O era uma vez é só uma frase que usamos para nos dar esperanças de que algo vai acontecer e mudar nossa história. Não podemos ficar esperando essa frase fazer efeito, não é uma fórmula mágica.
Então recomponha-se, seja o seu vento, seu sol e apenas vá.
Crie uma nova versão do seu tão esperado era uma vez, mas sem censura e sem cortes.
Crie uma nova versão do seu tão esperado era uma vez, mas sem censura e sem cortes.
Lets go, now!
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