sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Relacionamentos: Prazer ou negócios?

Até onde vai o amor? E quando ele se transforma em uma oportunidade? Ou sempre foi?
Muitas pessoas hoje estão em relações cômodas, aceitáveis, onde buscam seus interesses e compatibilidades e por isso transformam a relação em um negócio de sucesso.
Mas é isso mesmo? As relações de hoje são baseadas em interesses ou amor?
Comecei a pensar nas relações que vivi, nas relações que conheço, nas que eu vejo. E não sei se me inspiro ou começo a me preocupar.
Por que as pessoas se acomodam com uma felicidade ilusória, pela metade, o fato de se sentir bem apenas basta? O amor é apenas um estado de humor do dia?
Até onde vale a pena aguentar uma relação baseada em negócios?
O amor passou da moda e agora a tendência são relações de negócios?
Um exemplo, sem citar fontes, uma relação com diferentes pesos e medidas:
A garota tem seu próprio apartamento, sua rotina, seu trabalho. E o garoto teve suas complicações na vida, rompimentos ruins e uma relação conturbada com seus pais, ambos se gostam, possuem química e buscam estabilidade em uma relação.
A garota gosta demais, e o garoto diz também gostar. Ambos acreditam que é amor (ou querem acreditar?). O garoto quer se mudar, diz que vai para onde ela vai, e começa a trabalhar na cidade que ela quiser, mas quando as coisas ficam difíceis ele sempre foge, para a casa dos pais ou para qualquer lugar.
O garoto que ir depressa e já quer casar, afinal a garota já tem casa pronta e ele tem tudo para recomeçar. Mas a garota quer ir com calma, há muitas responsabilidades e detalhes para acertar, e pra ser sincera, a garota ainda não tem total segurança nos objetivos e promessas do garoto, cada hora ele quer ir para outro lugar! (se é amor vale a pena esperar?). O garoto não quer esperar, a garota sim, chegaram a um impasse, e o garoto diz que se não for prosseguir é melhor terminar, que ele vai encontrar alguém que queira os meus objetivos que ele (ou que aceite as exigências dele?).
Com o tempo, a realidade veio tomando seu formato, a garota percebeu que apenas era uma opção, a mais viável para os objetivos dele, mesmo com química, sentimentos e a história dos dois, a relação não era uma troca justa, não era baseada no amor, e sim em negócios e oportunidades, o que era conveniente no momento. Ele queria uma oportunidade para recomeçar a vida dele e ela queria apenas o amor.
Resultado: Ele vive em busca de oportunidades (relações afetivas que ofereçam o que ele quer), quer encontrar alguém, podendo ser qualquer pessoa disposta a se casar, fazendo com ele tenha seu próprio lugar. Ela ainda sofre por ele, mas está segura de suas escolhas e enxerga agora que não era amor e sim negócios para ele. Ele quer ainda manter contato com ela, mas ela não, ela não aceita mais ser considerada uma opção e ainda acredita que a relação pode sim se basear em amor.
Não sei no que você acredita ou o que espera, por isso antes de entrar em uma relação veja se a base é a mesma que procura. Não aceite menos do que merece receber.
Já eu? Acredito em sentimentos verdadeiros, em pessoas verdadeiras e que ainda existe exceção nessa realidade nos relacionamentos de hoje.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Nós e os Ex’s

Por que esquecer alguém é tão fácil na teoria, mas tão difícil na prática?
Existem várias teorias para superar o relacionamento, como: partir para outra, sofrer e chorar o quanto for necessário, apagar as evidências, bloquear qualquer contato, transformar o relacionamento na amizade, brigar e discutir com a pessoa para se sentir melhor, pensar nas coisas negativas, sofrer todas as fases do luto (negação, raiva, negociação, depressão e aceitação), ou nenhuma das alternativas?
Existe então alguma fórmula mágica? Ou essas alternativas funcionam de fato?
Cada um tem o seu ritual para esquecer o ex, utilizando uma alternativa ou mais ao mesmo tempo, mas e quando não funciona? Pois, existem pessoas mais difíceis de esquecer, sentimentos mais intensos, rompimentos mais drásticos... o que fazer então?
Cada relacionamento é complexo a sua maneira. No meu último, entre idas e vindas durante alguns anos e vários momentos que foram importantes e crucias na vida de cada um, cada término não parecia significar um adeus, até esse último que foi necessário para enfim chegar ao ponto final.
Quando terminamos reagimos de formas diferentes, para ele uma explosão, para mim uma calmaria. O problema disso é que a explosão acaba e depois da calmaria sempre vem a tempestade...
Para ele, as alternativas para seguir em frente foram: algumas fases do luto como raiva e negociação, e outras como brigar, partir para outra, apagar as evidências e tentar ser amigo (a justificativa de ser amigo é válida para quando um relacionamento tem muita história, muito sentimento e muita dor?).
Resumindo, um dia antes de eu operar ele me ligou (depois de tempos sem notícias), dizendo que queria me ver, que estava arrependido e me amava. “Qual é né, ele sabia que eu ia operar e me ligou justo um dia antes, depois de tudo que passei, ele queria se mostrar solidário ou confundir minha cabeça, por que não foi solidário antes?”.  Para mim foi difícil ouvir a voz dele, eu não estava em um ambiente agradável, eu estava vulnerável e com medo da cirurgia. Não foi justo.
Bom depois que ele ligou, não sei se foi por causa do medo da cirurgia ou por existir sentimentos guardados, eu concedi o benefício da dúvida para saber as reais intenções dele. E resultado: nada. Ele deixou claro que havia se arrependido, mas me colocou a culpa por muitas vezes não querer ver ele para falarmos sobre reconciliação, que ele agora era um cara vazio e frio por minha causa, depois quando eu questionei que ele já havia partido para outra e do porque disso tudo, porque falar comigo agora, ele me explicou que teve outras pessoas, mas não relacionamentos porque eu não queria mais ele, mas que não tinha nada a ver com conexão espiritual e era só físico, aff!
Quando se é solteiro ou acaba de sair de um relacionamento e quer esquecer o ex ok usar essa explicação. Mas quando você diz que ainda ama e que tem esperança de voltar isso é muito contraditório. Afinal ele tinha encontrado alternativas para esquecer e não funcionou ou ele ainda tem expectativas?
Para mim o início do término foi diferente, eu enxerguei que a relação estava trazendo o pior de cada um, por isso quando terminou me senti mais leve, claro que chorei e sofri bastante, ele é uma parte significativa da minha vida.
Depois dessa fase começou o mix de alternativas, apagar as evidências para não sofrer pensando no que eu não teria mais, bloquear no início para evitar a tentação de falar com ele, e é claro as fases do luto: negação, raiva, negociação, depressão, em ordens aleatórias e repetidas, e a aceitação estou trabalhando nisso. Eu não parti para a outra como ele, surgiram oportunidades e eu até tentei partir, mas não estava pronta ou simplesmente não queria.
Depois dessa última conversa com ele, ficaram claros que os motivos que levaram ao término ainda faziam sentido e nós dois estávamos diferentes, nós mudamos com o tempo, cada um seguiu um caminho que achou necessário para superar a relação, mesmo ainda não tendo superado de vez. Foi a decisão certa.
Mas por que ainda é tão difícil nos desligarmos de vez? Não tenho a resposta certa e nem a fórmula mágica.
Ainda utilizo algumas alternativas para ajudar a seguir adiante, assim como ele, mas em caminhos separados, e agora mais firme nas minhas escolhas e ações.
Acredito que, mesmo que o caminho pareça longo, o mais certo a fazer, é enxergar os motivos que fizeram a relação acabar, nas pessoas que vocês eram e nas pessoas que se tornaram depois do término. Que mostraram quem realmente são, todos os seus lados, bons e ruins. E mais nos sentimentos e ações que revelaram para você e para a pessoa o que realmente cada um quer e precisa. 
E depois de tudo isso, não vou dizer que fica mais fácil, porque sofrer faz parte do processo muitas vezes, mas depois de tudo fica mais claro você aceitar que é preciso seguir adiante e começar a praticar alternativas que te ajudem, leve o tempo que for.
Não é uma fórmula mágica, mas é uma boa teoria.